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das mensagens sutis

Filed Under () by Mazé Mixo on sexta-feira, 30 de abril de 2010

Posted at : 23:17



sempre que vejo esse comercial eu fico puto.
por que o cara não troca ele mesmo a pastilha, ao invés de chamar a mulher?

não adianta

Filed Under () by Mazé Mixo on quinta-feira, 29 de abril de 2010

Posted at : 23:53

só gosto de futebol na Copa do Mundo.

das regras

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 23:38

as regras do mundo são simples.
é o ser humano que complica...

vinyänár

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 22:54

seu nome era enahuac.
o mundo era menor naquela época, e seu povo só conhecia as grandes montanhas de um lado, e o rio das pedras do outro.
não deveriam ir a lugares de onde não enxergavam as montanhas. não deveriam adentrar a floresta onde não podiam mais ouvir as águas do rio.
o jovem crescia a cada dia, e em breve deveria ser escolhido por uma mulher pra ser seu marido.
um dia procurava por raízes doces quando ouviu um canto que nunca tinha ouvido, e como que hipnotizado, correu por entre as árvores, parando apenas pra ter certeza que o canto estava mais próximo.
não percebeu que se afastara muito mais do que devia de seu rio e de seu povo.
as árvores que o rodeavam eram antigas, com folhas estranhas que exalavam cheiros que não conhecia.
chegou enfim a uma clareira, e o canto era agora completamente claro. voz de mulher. voz que parecia se multiplicar em muitas. voz de muitos pássaros.
ele tinha muita dificuldade de respirar, tanto por ter corrido por tanto tempo, tanto pela visão que lhe roubava o ar. uma jovem desnuda, com grandes asas, deitada na vegetação rasteira.
conhecia as estórias das vinyänáras, sabia o que aconteceria se se aproximasse demais. mas ao invés disso, caminhou até ela.
esqueceu-se quem era, esqueceu-se das canções e das cores. caiu em torpor e êxtase.
ela só cantava.
quando terminou ela virou-se para ver o que tinha atraído e viu o jovem caído sob as raízes entrelaçadas de umas das árvores azuis. não respirava.
ela retirou uma pena de sua asa e colocou nas mãos do jovem, que se encolheu, a tossir. um grande vendo levantou as folhas caídas de toda a clareira, e por alguns segundos nada pôde-se ver.
ele levantou-se, então, e sua cabeça era a de uma águia.
a vinyänára tomou-o em seus braços e alçou vôo.
sumiram nas nuvens, onde não se viam as montanhas nem ouvia-se o rio.

anonimato

Filed Under () by Mazé Mixo on segunda-feira, 19 de abril de 2010

Posted at : 10:57

quem é você que comentou dias atrás?

sobre seguir instintos

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 00:05

simbora, então

das dores

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 00:03

há as dores de cabeça que só passam quando dormimos.
e há as dores de cabeça que não nos deixam dormir

ogum

Filed Under () by Mazé Mixo on sábado, 17 de abril de 2010

Posted at : 12:25

um fim

Filed Under () by Mazé Mixo on quinta-feira, 15 de abril de 2010

Posted at : 00:17

on into the void he flies.
unafraid.
there is nothing in mere absence that might cow him.
or loneliness.
or the lack of maps or charts.
for he is his own path.
he sees by his own light.
we watch him from a great distance.
from a vantage point no less subjective, no less absolute.
and so it´s hard to tell whether he imposes himself on the emptiness...
or becames it.

feitio de oração (wally salomão)

Filed Under () by Mazé Mixo on terça-feira, 13 de abril de 2010

Posted at : 16:20

ó garrafada das ervas maceradas do breu das brenhas
se adonai de mim e do meu peito lacerado
ó senhora dos remédios

ó doce dona
ó chá
ó ungüento
ó destilado
ó camomila
ó belladona
ó phármakon

respingai grossas
gotas de vossos venenos
ó doce dona
ó camomila
ó belladona

serenai minhas irremediáveis pupilas dilatadas
ó senhora dos sem remédios
domai as minhas brutas ânsias acrobáticas
que suspensas piruetam pânicas nas janelas do caos

se desprendem dos trapézios
e, tontas, buscam o abraço fraterno e solidário dos espaços vácuos
ó garrafada das maceradas ervas do breu das brenhas
adonai-vos do peito lacerado e do lenho oco que ocupo

das quedas e lembranças

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 15:58

a cachoeira era alta. a maior que ele já tinha visto de cima.
o início da trilha era fácil, sem maiores problemas. entre grandes bambus e mirantes, mas o caminho pra queda-d'água estava escondido no barranco de mata fechada. se não estivesse com pessoas que conhecem o local não teria acertado a trilha.
desceram se apoiando em grandes raízes que saíam da terra pra entrar novamente uns centímetro afrente. em alguns trechos tinha que se pendurar, em outros as raízes faziam uma escada natural, firme e segura. haviam cogumelos no caminho, mas ele não os viu. o ruído calmo da água lá em baixo mostrava a direção.
quando chegaram ele estava suado e exausto, mas com um sorriso no rosto e com ânimo reforçado.
uma pequena bacia de água precedia a queda, que devia ter uns 70 metros ou mais. sentaram-se todos, a conversar e fotografar, felizes por terem chegado em seu destino. alto do véu da noiva, parque municipal, nova iguaçu.
bebeu um gole da água, que a essa altura estava quase terminando, e comeu um biscoito enquanto os outros olhavam pra baixo e fotografavam bem perto da queda. ele tremia ao pensar em chegar perto demais, mas queria sentir o vento, ver a água caindo no vazio.
tirou as sandálias, que tinham mais atrapalhado que ajudado até ali, e resolveu colocar os pés na água, caminhando pela rasa bacia. os outros estavam na parte seca da pedra, bem na beirada, mas ele não quis ir por ali.
viu pequenas folhas secas caírem na bacia e lentamente chegarem perto da borda, até desaparecerem de vista.
com um suspiro pra tomar coragem ele chegou, enfim, à queda. fechou os olhos, tremeu e se lembrou de quando morrera ali.
se recordou dos espinhos, das decisões e do som do vento passando rápido por seu corpo.
abriu os olhos e os braços, confuso, e não pensou em mais nada.
pela segunda vez, pulou.
há de se descobrir outras maneiras