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dos corpos

Filed Under () by Mazé Mixo on segunda-feira, 17 de maio de 2010

Posted at : 23:03

tão frágeis, tão frágeis...
fechou os olhos.
e sorriu.

sobre abraços

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 12:34

porque tem algumas pessoas que dá muita vontade de abraçar!
simples assim

da esperança

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 10:36

porque ela, definitivamente, é a última que morre



CD

Filed Under () by Mazé Mixo on quarta-feira, 12 de maio de 2010

Posted at : 10:52

cantuxa
vier honderd
katërqind
vierhundert
kat san
bốn trăm
четиристотин
פיר הונדערט
τετρακόσιες
चार सौ
ארבע מאות

da escuridão 2

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 10:38


Quando a escuridão chegou ao local onde ela estava, pensou que sua alma havia parado. Pensou nas possibilidades pós-morte e até ter os olhos acostumados à negritude, sentiu o próprio coração entre os dedos. Pulsava consciência e líquido. Ninguém mentia em meio à escuridão. Às vezes quando achava que piscava e nada enxergava, seus olhos varriam cores. Cores que na verdade faziam parte de seu imaginário. Sa queria correr porque a solidão do pretérito-mais-que-perfeito a perturbava. Por qual motivo as luzes teriam ido embora? Por que os pensamentos a transportavam para frente e para trás? Por mais que ela quisesse se acostumar à escuridão, pipocavam imagens de outrora. Para onde partir? Aqui. Ali. O corpo pediu movimento e ela encostou-se à parede. Era gelada, como freezer descongelando. A CABEÇA começou a doer, a latejar na têmpora. De repente, toda sua estrutura física era sangue percorrendo veias. De repente, todo seu suor de medo havia desaparecido e só restavam algumas palavras de desorientação. A ESCURIDÃO trazia essa ânsia por imagens. Como se o peito sufocasse se as coisas iluminadas não fossem lembradas. Como se todo o efeito do mundo não fosse grito lá fora, mas um fantasma perseguindo o silêncio. A audição era estranha. Ouvir uma gota, um arrolhar, um acorde no fundo. Alguém tocava folk. Como poderia deslizar os dedos na corda se ela nem conseguia se mexer? A melodia cortou seu eu, que começava a rasgar o tempo com linhas imaginárias. SA abriu a porta. Escutou quando o alumínio encontrou-se com as dobradiças e sentiu a respiração do mundo em uníssono. O que as pessoas sentiam ela nem imaginava, mas ela deu o primeiro passo e gritou seu próprio nome para o fim. Como resposta ouviu um “Eu também”.

do tigre

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 01:04

sonhei essa noite com um tigre, que forçava a porta pra entrar em casa.
havia mais algumas pessoas comigo, então gritei pra que se escondessem e fiquei segurando a porta, impedindo que o tigre entrasse.
ele era muito forte, e conseguiu colocar as enormes patas pra dentro da porta, me arranhando e cortando minha roupa. lembro do desespero que senti no sonho, e angústia de saber que não conseguiria segurar a porta por muito tempo.
enfim ele conseguiu entrar, e me vi frente à frente com o tigre...
acordei...

bizarro...

********************
adendo:

Significado sonhar com Tigre.

Sorte no amor, no jogo, um grande ideal, cedo ou tarde, será alcançado.
Acredite na sua sorte:

Jogo do bicho – Loteria Federal
BICHO=Galo GRUPO= 13
DEZENA=49 CENTENA=549
MILHAR=2549

Ou quem sabe:

Inimigo invejoso e cruel. Um tigre em liberdade: você corre perigo. Este sonho é um aviso para que você não se deixe dominar pelos seus fortes impulsos.

da esfinge

Filed Under () by Mazé Mixo on segunda-feira, 10 de maio de 2010

Posted at : 23:20

difícil...
nem decifro-te nem devora-me...

aqueles dias

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 12:29

hoje é um daqueles.
respira fundo! respira fundo!
simbora!

sobre paciência

Filed Under () by Mazé Mixo on sábado, 8 de maio de 2010

Posted at : 12:02

sou deveras ansioso.
e essa ansiedade já me tomou algumas coisas boas na vida.
mas mesmo que a gente não mude profundamente com o passar do tempo, acredito que nos adaptamos.
e tenho controlado a ansiedade, e usado minha paciência, que, ironia de deus, também é grande em mim.

aponta pra fé e rema!

tacacá

Filed Under () by Mazé Mixo on quinta-feira, 6 de maio de 2010

Posted at : 22:26

alguém aí servido?

driftwood

Filed Under () by Mazé Mixo on quarta-feira, 5 de maio de 2010

Posted at : 00:18

das tramas

Filed Under () by Mazé Mixo on terça-feira, 4 de maio de 2010

Posted at : 23:22

maré alta.
dois anos que não via aquelas embarcações, enfileiradas, todas em tom de branco, vermelho e azul.
sentia o sal nas mãos e no cabelo.
pulou ao mar antes de chegar ao porto.
havia sede de vida.

sobre leitores

Filed Under () by Mazé Mixo on segunda-feira, 3 de maio de 2010

Posted at : 14:24

é estranho pra mim ter 'leitores'.
quando comecei o Ventos eu não tinha pretensão, e acho, nem vontade de ter leitores.
sempre foi uma idéia de sussurro pro mundo. sabe aquele clichê da válvula de escape?

ao longo do tempo acabei escrevendo sobre amores, paixões e, especialmente, amenidades.
tivemos leitores específicos, e até escrevi pra alguns desses.

sim, 'anônima loquaz', estou escrevendo por sua causa.
não vou ficar forçando barra perguntando quem é você, até porquê me parece que você é alguém conhecida, escondida sob máscara. mas no fim, realmente, você é algo inédito e um tanto estranho pra mim...

mas se de uma forma ou de outra se os sussurros chegaram tão-longe-não-sei-onde, talvez o Ventos tenha feito mais que o trabalho dele.

no final do fim das contas o Ventos continuará sendo o que é. e eu, provavelmente, também.

ps.: vinyänár deve ser sim um lenda quéchua ou guarani, mas fui eu que escrevi.

do cardápio

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 14:22

penne ao alho e óleo
batatas cozidas
carne assada
desânimo

no meio do almoço, o clímax: coloquei um pedaço da carne em um pão (que estava fresco algumas horas antes)

sobre o Moldador

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 04:49

então o primeiro adormeceu.
era um ser simples, com poucas células e poucas perspectivas, mas adormeceu. e sonhou.
foi como uma procissão de cores. simples, lenta e confusa. não havia ainda ordem no Sonhar.
as cores se fundiram no centro do espaço, se tornaram uma grande bola branca, que implodiu pra dentro de si, fazendo que toda luz e toda cor apagasse.
o pequeno ser, que nem ao menos possuía olhos ou ouvidos, observava tudo, atônito.
foi quando viu surgir do epicentro um outro ser, igual a si, mas negro e profundo, que se aproximou e disse:
-obrigado. e bem-vindo.

acordou.

sobre dormir

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 04:46

toda noite eu esqueço como faz pra dormir.
quando estou quase lembrando, durmo e esqueço novamente.

nova iguaçu, 03/05/2010 às 04:47

do tempo que afasta

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 00:07

minha mãe está fazendo 59 anos.
veio conversar comigo agora, dizendo que não sabe onde errou.
que não sou o companheiro-amigo que ela quis que eu fosse.
que sou seco e frio com ela.

algo no meio do caminho aconteceu, e também não entendo.


Em breve terei notícias interessantes aqui!

das descobertas

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 19:11

da aleatoriedade 3

Filed Under () by Mazé Mixo on sábado, 1 de maio de 2010

Posted at : 16:02







escuridão 1

Filed Under () by Mazé Mixo on

Posted at : 00:52

e disse o Senhor: desfaça-se a luz, e a luz se desfez.

ao mesmo tempo apagaram-se as luzes elétricas, os fósforos e as estrelas.
os vagalumes deixaram de piscar, o Melanocetus johnsonii perdeu seu truque luminoso, as algas e o krill pararam de brilhar.

joana estremeceu em sua cama.
a luz do banheiro que entrava pela fresta de sua porta se apagara de repente.
desde que era criança ela não conseguia dormir no escuro, com medo de monstros e estupradores furtivos. agora, aos setenta e seis anos ela ainda não se curara das manias nem dos temores antigos.
tudo estava às escuras em sua casa, que tinha ao menos o dobro de sua idade. ela levantou da cama, tateando as paredes, tropeçando em algo grande e sólido.

no meio de um parque de uma grande cidade de um país qualquer uma mulher dava à luz, às escuras. chorava e gritava de dor e medo. achava ter ficado cega, pois não só as luzes dos postes haviam se apagado, mas também a lua cheia e as estrelas não mais brilhavam.

casais continuaram se beijando nos cinemas, mais tantos outros continuaram trepando debaixo dos cobertores. outros continuaram dormindo, sonhando com dias ensolarados. os jornalistas pediam desculpas aos telespectadores pela falha técnica, mas logo descobriram que o apagão era mundial.

- vou te chamar lúcia, disse a nova mãe à pequena, envolta em sangue e escuridão.
nasceu de olhos abertos.