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do amor simples

Filed Under () by Mazé Mixo on quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Posted at : 20:35


ontem vi filme chamado
'wall-e", animação da disney/pixar sobre um pequeno robô romântico.
o protagonista, wall-e foi abandonado na Terra depois que os humanos gastaram todos os recursos naturais e cobriram (literalmente) a terra de lixo. o propósito do pequeno robô é justamente limpar, organizar a bagunça, e de todos os modelos iguais, ele foi o único a continuar funcionando depois de séculos, sempre conseguindo trocar suas próprias peças.
o carisma dele é visto só de olhar, com aqueles grandes olhos-de-cão-sem-dono e seu jeito desajeitado. logo no início do filme descobrimos que ele tem personalidade própria, e que gosta de música, e de um filme em especial, provavelmente da décade de 50, um musical romântico. uma cena em especial parece cativá-lo mais: quando o mocinho e a mocinha dão as mãos. é a representação do amor, simples e um tanto ingênua.
temos então um pequeno robô romântico, que sonha justamente ter um par, alguém pra dar as mãos. minha intenção aqui não é falar a sinopse do filme (só terminar dizendo que é um filme muito bonitinho, tipicamente da disney, com final feliz e tudo o mais), mas questionar essa coisa do amor.
esse desejo do amor, essa busca, essa "necessidade" me parecem forçadas hoje em dia, com um pensamento muito distorcido. as pessoas PRECISAM amar, PRECISAM se sentir amadas, e associam qualquer pequeno sentimento com esse tal de amor. eu vejo adolescentes, pré-adolescentes com essa visão super-romântica do amor, da eternidade das coisas. eu mesmo, em meu primeiro amor, aos 17, pensava que era eterno, e minha pessoa era a única e mais importante pessoa de todo o universo.
hoje em dia, depois de tempo, tropeços e pés na bunda vejo as coisas um tanto diferentes, apesar de, graças a deus, achar que nada é fixo e absoluto. acho que o amor é raro e que como disse, as pessoas confundem outros sentimentos com amor. confundem paixão com amor, confundem tesão com amor, confundem afinidade com amor.
amor é mais sublime, mais simples, mais complexo e contraditório.
amor é o que fica, o que sobrevive, o que é sim, eterno.
voltando ao filme. wall-e tem como companheira uma pequena barata, que é, logicamente, diferente dele, e se apaixona pela robozinha que conhece, depois de tanto tempo sozinho. ele passa o restante do filme querendo agradá-la, para enfim conseguir dar as mãos. buscando, nela, o amor.
será que ele realmente se apaixona, que realmente a ama ?
será que devemos, buscar, desesperadamente o amor ? será que ele tem quer ser motivo ? será que ele deve ser meta ?

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